A sensibilidade matou o artista - Fernando César


A sensibilidade matou o artista
Por medo da morte
A vida mata
Quem me ensinou a ser louco
Já morreu de overdose
Pois, fácil é a descida para o inferno
E as rosas agora são azuis
As bitucas de cigarro
Congelam no cinzeiro
Da minha sala
Na minha casa
E o medo de ser louco
Matou o poeta
E a poesia já morreu
Da dor mais cáustica
E da doença mais podre
A fome matou o vendedor de chiclete
Como se mata o verme
As flores circundam
No velório do caixão barato
Que é a única coisa que lhe deram na vida
As rosas são azuis
E eu sou louco, louco, louco
Não sou poeta, pintor ou artista
Sou alma livre
E sofro da mesma dor
Dos meus inimigos

dir. aut. lei nº9610 de 19.02.98

Um comentário:

H3l disse...

Não sei se vai ler o comentário, mas preciso perguntar:

Tá tudo bem?

Eu cobro você o tempo todo, você não aparece na net, nem dá sinal de vida, aí eu me pergunto, tá tudo bem??

Sei que tem um monte de compromissos e que um monte de coisa deve tá acontecendo na sua vida, mas de repente você some e sim, eu me preocupo.

Se está bravo comigo, me fala, pois eu preciso saber...

beijo.

eddie

ps.: infelizmente eu sou assim, pegajosa... mas acho q esse é um defeito q só visa o bem de qm eu me apego...