Indo, se nada me apetece...
Analisando essa cadeia hereditária, quero me livrar desta situação precária...
(Ainda alimentando minha tara pela vocalista d’As Meninas... Essa roupinha de colegial... Hum...)
Brinks!
Bom, vamos aos fatos. Não escrevo para o blog desde o início do mês, mas é compreensível pelo fato de estar tão “atarantado” e sem grandes inspirações para escrever. Mas, finalmente, encontrei um pouco de descanso depois de encontrar a minha futura casa. É bem verdade que não se trata de nenhum castelo, está mais para uma casinha de vila. Mas será o meu castelo. O lado bom é que terei como vizinhos o Seu Madruga, a Dona Florinda...
É incrível o fato de estar sempre vivendo um recomeço, iniciando uma nova vida. Inclusive, poética-dialética-realmente falando, creio que iniciamos uma nova vida a cada dia; um novo recomeço à cada nascer do sol. Todavia, como nem tudo são flores, acabo de aumentar o meu orçamento mensal em setecentos reais, sem aumentar os meus ganhos. Como vou fazer para solucionar este impasse? Nem eu sei. Estou cansado de me estressar e ficar nervoso ou me sentindo mal por não ter controle sobre minha própria vida. Tudo não passa de ilusão, como diria meu amigo Morpheus. O nosso controle é tão parco, que chego a acreditar na visão deocentrista e destinatória das religiões monoteístas (ou seria, estéreoteístas?).
Quando cremos piamente que temos controle ou que fizemos as nossas próprias escolhas, sempre nos deparamos com situações criadas pela conjunção de fatores que estão além de nosso controle. Se até mesmo as nossas escolhas cotidianas de sabão
Sempre as pessoas se mostram despreocupadas com a maioria das minhas indagações, ou simplesmente dizem que se nos preocuparmos com a maioria dessas coisas ficamos malucos (ou qualquer outra coisa que não vale o comentário), mas sempre me indigno com esta apatia vigente (ou seria a calmaria antes da tempestade?) e não sei mais o que fazer para acabar com esta sensação de inevitabilidade e impotência. Para exemplificar esta situação, vamos analisar a minha situação e como eu chego ao ponto de ficar devendo quase dez mil reais por aí:
Um belo sábado, eu recebo o recado que ficou acordado com a dona do apartamento onde resido atualmente de que minha saída se daria
Burocracia, burocracia e a epopéia do fiador e do seguro-fiança estava iniciando. Mas, depois de uma semana de muita dor-de-cabeça, enjôos e ligações (coitada da corretora), finalmente hoje recebi a notícia que estava tudo resolvido e que estaria assinando o contrato na próxima segunda-feira. Ainda me sobram horas de cartório, reconhecimento de firma, pintura da casa, mudança de endereço das minhas correspondências e contas, mais telefonemas, entrega das Casas Bahia, mas o dilema parece chegar ao fim. Aliás, falando
Ainda bem que ela me disse que tinha fé o suficiente por nós dois, porque como disse uma velha conhecida, “a convivência com as pessoas chamadas ‘de fé’ tinham acabado com todo o trabalho que ela e outras pessoas que conheci ao longo da vida tiveram para conseguir despertar o mínimo de fé”
(Apenas me reservo o direito de me calar e guardar Allah em meu coração)
Antes de terminar, preciso relatar sobre dois momentos em especial que tive este mês: um sarau na escola Guiomar Camolesi Souza e o casamento do meu irmão. Não estou equiparando os dois em importância, mas o primeiro marcou como um novo início no lugar onde eu trabalho.
(Nada de ilustrações desta vez, pessoal. Fica ao menos um desenho que fiz em sala de aula, pois infelizmente, sequer tive tempo de desenhar nos últimos dias...)
(Rá! Pegadinha do Mallandro, Olzi!)
Realmente, como disse meu camarada Olzi, eu não recebi hora extra por estar lá em dia em que não tinha aula. Entretanto, toda experiência é enriquecedora, ainda mais quando nós encontramos retorno daquilo que propomos. A proposta do sarau foi justamente a realização da mesma pelos próprios alunos, e eu iria somente orientar. Devo confessar que achava que não daria em nada, exatamente pela apatia que encontro na maioria das salas. Mas, surpreendentemente, deu certo. E como deu! Obviamente, faltou alguns detalhes e acertos, mas no geral, foi muito bom, e o melhor, elevou os ânimos e colocou alguns alunos em boa conta diante de alguns professores. Realmente, a felicidade se faz em momentos, e na prática pedagógica, são exatamente estes momentos que fazem valer a pena. Apesar dos baixos salários, da deficiência estrutural e burocrática e de todos os problemas da educação, eu amo o que faço. E acima de tudo, agora eu entendo o que me diziam e que o Pelé falava, quando eu ainda era um pequeno “ranhentinho” barriga d’água, lá em Itaquera:
“As crianças são o futuro do país!”
E em verdade, vos digo: “Não é que o filho da puta tinha razão, rapá?”
Ps.: Sobre o meu irmão e seu casamento, vale um post próprio, não? Estou editando as fotos, e assim que terminar, vou escrever o post.
http://www.youtube.com/watch?v=9s2xePYDJ_U (versão original do clipe em alemão também)
http://www.youtube.com/watch?v=j3aIBrGfVw0 (versão em inglês)
Emo é teu pai, seu mal-amado do caralho!!! Nem posso gostar de uma musiquinha... Eu, hein?